quinta-feira

Ave Maria cheia de graça...


Esse é o jargão comum das rezas de todos os católicos romanos, que compartilham conosco a fé em Jesus Cristo filho de Deus, o qual morreu e ressuscitou, perdoando nossos pecados e oferecendo um justo e agradável sacrifício ao Senhor.
O Brasil, religiosamente, é marcado por um cisma entre protestantes, chamados modernamente de evangélicos e os católicos romanos. Ambos os grupos são definidos como cristãos, entretanto, esses grupos não se juntam de maneira alguma. Isso ocorre por convicções doutrinárias e interpretativas.

Uma das distinções visíveis entre um cristão católico e um cristão evangélico é a maneira de se comunicar com Deus. No meio evangélico, denominamos essa comunicação de oração. Entre os católicos, se denomina reza. As duas palavras têm um mesmo sentido semântico, porém possuem estruturas diferentes.
Na oração protestante, a teoria diz: “Deve ser dito a Deus as palavras que vêm do coração.”
Na reza católica, é dito: “Devemos repetir as palavras pré-estipuladas por homens santos e piedosos a Deus.”

Digo isto, pela seguinte descoberta que fiz recentemente em uma auto-análise: Em minha vida de oração, teoricamente sou protestante, mas em minha prática diária dessa disciplina espiritual sou católico romano, e ainda por cima, católico roxo.

Minhas orações para a alimentação não fogem de frases como: Obrigado pelo alimento; não deixe faltar na mesa de ninguém; abençoe as mãos que prepararam.
Minha oração pelos meus pecados se resumem em frases do tipo: Deus, eu nunca mais farei isso. Senhor, perdoe as minhas falhas. Livra-me do mal, meu Pai (tem que por o Meu Pai no final pra endossar o pedido).
Quando alguém compartilha um problema pra mim e pede pra eu orar, sempre digo: Deus, tu sabes todas as nossas inquietações. Entrego em tuas mãos, a vida e os problemas do meu irmão.

Poderia escrever dez folhas somente contendo frases das minhas rezas para Deus. Eu estou chegando ao ponto de lançar a Oração Fast Food, onde somente digo a Deus: Senhor abençoe o pedido Nº 1 (que se refere ao alimento que vou ingerir).
As minhas orações e a da maioria dos evangélicos do Brasil não passam de rezas sem sentidos, de vãs repetições, de palavras sem sentimentos, de confissões sem arrependimentos, de pedidos egoístas.

Se for apenas para rezar, prefiro ter um terço na mão, pois assim não me perco na contagem de minhas rezas.

Mais do que nunca, necessitamos chegar até Jesus e lhe pedir:

Senhor, ensina-nos a orar!

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