Texto: Gn 5. 21-24
Tema: Amigo de Deus; Fé; Vida Piedosa.
INTRODUÇÃO:
Temos no livro de Gênesis a descrição de duas descendências: 1) A descendência de Caim e 2) A descendência de Sete. Em uma temos um histórico de maldades e violência, em outra temos um histórico de quando os homens voltaram a buscar a Deus.
Em Gn 4.26, descobrimos que os homens começaram a invocar o nome do Senhor, ou seja, desde o primeiro culto apresentado por Caim e Abel até aquele momento, os homens não haviam ainda invocado o nome do Senhor. Essa prática começa com a chegada de Enos, filho de Sete, neto de Adão. A descendência de Sete é a descendência que invoca o nome do Senhor na terra, por quanto a descendência de Caim é marcada como aquela que vive errante de Deus.
“Faz interessante observar, que na descendência de Caim, temos os nomes dos seus filhos e suas profissões. Enquanto que na descendência de Sete temos os seus nomes e suas idades. Moisés não conta os dias da descendência de Caim, pois é como se eles não vivessem, pois passaram os seus dias longe de Deus e só possuem os dias contatos àqueles que caminham com o Eterno” (by Ariovaldo Ramos).
Enoque é da descendência de Sete. Do povo que voltou a invocar o nome do Senhor, por essa razão tem os seus dias contatos na terra.
Enoque: “Dedicado”
Linhagem: Adão (930), Sete (912), Enos (905), Cainã (910), Maalalel (830), Jarede (962), Enoque (365), Metusalém (969), Lameque (777), Noé.
PODEMOS APRENDER ALGUMAS LIÇÕES COM A VIDA DE ENOQUE:
O significado do nome Enoque é “Dedicado”. Essa não é a primeira vez que esse nome aparece na Bíblia, pois temos também um Enoque que é filho de Caim e um Enoque que é filho de Jarede. Ambos, com o mesmo nome e o mesmo significado, porém com vivencias completamente opostas.
Parece que Moisés faz uma comparação proposital entre as duas genealogias (Caim x Sete), pois há nomes semelhantes nas duas genealogias, porém com vivencias bem distintas.
Enoque, filho de Caim, recebe uma cidade com o seu nome, a primeira cidade construída na história, claramente um movimento de rebeldia de Caim contra Deus, pois este disse que ele seria errante pela terra, porém, Caim ao desobedecer a Deus, estabelece uma família e cria uma cidade. O Enoque de Caim tem em sua descendência um homem como Lameque (Poderoso), que perpetuou a obra homicida de seu pai, matando e promovendo a violência na terra. O Enoque filho de Caim, é dedicado ao mesmo espírito de morte promovido pelo seu pai, pois torna-se um perpetuador desse espírito.
Já Enoque, filho de Jarede, da descendência de Sete, mostra-se dedicado à Deus. Ele é da geração que decidiu invocar o nome do Senhor em meio a malignidade da terra.Enoque se consagra a Deus e diferente do Enoque de Caim não perpetua o avanço da maldade na terra, pelo contrário a refreia. Da linhagem de Enoque vem Noé, aquele que é tido como Justo diante de Deus.
Em meio há homens corrompidos pela maldade, Enoque, decidi viver consagrado a Deus. Ele é de uma família consagrada a Deus e perpetua essa consagração, carregando em seu nome a sua escolha de ser dedicado ao Criador.
[APLIC] O importante em nossa caminhada não é o que fazemos ou o quanto vivemos, mas sim para quem nos dedicados e para quem nos consagramos. Podemos ser alguém que viver à se consagrar para Deus e dessa forma consagrar nossa linhagem à Deus, ou podemos ser alguém à se consagrar para as vaidades e loucuras humanas. Enoque era um homem dedicado ao Eterno.
Ex.: João Batista que já era consagrado a Deus desde o ventre de sua mãe e cheio do Espírito Santo. (Lc 1.-15-17).
MAS O QUE É SER CONSAGRADO A DEUS?
O texto por duas vezes ressalta que Enoque andou com Deus. Essa é a primeira vez aparece nas escrituras essa descrição, de alguém que andou com o Eterno. Descrever um relacionamento a partir da perspectiva do “andar” é apontar um relacionamento de intimidade e comunhão, é outra forma de dizer que Enoque viveu tendo comunhão com o Eterno.
Enoque era consagrado a Deus pois decidiu andar, manter comunhão com o Eterno e por manter comunhão com o Eterno foi um homem consagrado a Deus. Essa informação de Moisés nos ajuda a responder o que é ser consagrado a Deus e ser consagrado a Deus é em tudo optar andar com Deus.
Por vezes achamos que se consagrado a Deus é cumprir um sem números de leis e regras. O interessante é que não havia leis na época de Enoque, não há nem relatos de revelação, a não ser a revelação oral. Isso já era suficiente para Enoque caminhar e manter comunhão com o Eterno.
Este é o objetivo da fé Cristã. Deus nos convida para uma caminhada de comunhão e intimidade e não para uma trajetória religiosa de cumprimento de leis e regras das quais não conseguimos realizar. Caminhar com o Eterno é em todas as decisões da vida, optar pelas estradas nas quais o Eterno também andaria com a gente. Se há estradas nas quais o Eterno não pode caminhar conosco, então não tomamos o rumo delas, pois escolhemos andar com o Eterno.
Em meio a uma humanidade com fortes traços de corrupção, Enoque opta por caminhar com Deus. Ele opta por trilhar as trilhas em que Deus também caminharia. Moisés irá chamar isso de “Amar a Deus sob todas as coisas” (Deut. 6.4-5), ou seja, “em tudo escolher a Deus.”
[APLIC] Deus tem desejo de se relacionar com os seus filhos não em um aspecto mecânico e religioso, mas em uma ação de comunhão, um relacionamento de amizade. Essa relação está para além da lei, ela se baseia em uma atitude de amor de Deus para conosco e nossa para com Deus. A comunhão com Deus se mostra não nosso falar apenas, mas em nossa postura de sempre escolher a Deus em nossa caminhada.
Ex: José do Egito, que decide não pecar por amor a Deus (Gn 39.9).
MAS COMO ENOQUE ANDAVA COM DEUS?
Enoque agradou a Deus pela Fé e não por suas obras, é o que nos informa o autor de Hebreus:
“Sem fé é impossível agradar a Deus”. Desde o inicio da história humana a caminhada com Deus e faz a partir da fé e não das obras. Nossa fé não é uma fé de tarefas, mas sim de poder, poder que há na própria fé, no próprio ato de Crer.
Foi assim que Enoque alcançou bom testemunho diante de Deus. Ele creu, ele viveu pela fé no Eterno e caminhou por fé no Eterno, suas decisões foram tomadas a partir da fé. A história de Enoque é sobretudo uma história de Fé, de alguém, que séculos antes da Lei e da revelação escrita de Deus cria em Deus e foi justificado pela fé. Mas o que é fé?
O autor de hebreus nos ensina o que é fé: “A Certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem.”
O que Enoque tinha certeza que chegaria e convicção de que aconteceu?
Enoque tinha a certeza de que chegaria o tempo em que estaria novamente com Deus, novamente no Jardim. E tinha a convicção de que isso não dependeria dele, mas sim do filho da mulher que esmagaria a cabeça da serpente.
A fé de Enoque é a mesma fé que nós temos que se revela na certeza de que estaremos com o nosso Senhor no jardim (que agora é uma cidade santa) e na convicção de que isso só é possível pela obra de Cristo.
Isso é Fé. Certeza de algo que ainda não veio (Céu). Convicção de algo que aconteceu (Sacrifício). Mesmo não vendo, ou não estando lá, somos embalados por essa certeza e convicção, assim como Enoque.
Pela Fé Enoque obteve bom testemunho e agradou a Deus.
O chamado para caminhar com Deus é um chamado para crermos em Deus e desfrutarmos da sua presença, poder e cuidado.
CONCLUSÃO:
Diante da vida de Enoque, somos desafiados a orar a Deus, buscando, pela fé, nos dedicarmos à Ele. Andando em sua presença, ou seja, em tudo escolhendo a Deus. Não por obras, mas pela certeza e convicção de que Cristo, nos concede esse privilégio de sermos amigos de Deus.
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