sexta-feira

O poder da Ressurreição.


A mensagem da escritura é pregada hoje em grande parte do mundo. Muitos povos ouvem, ou já ouviram sobre Deus. O Brasil é um país cristão e possui um crescimento extraordinário de evangélicos por ano. Mas em meio a essa onda crescente há uma contradição que já foi detectada por muitos e ainda hoje é detectada. Crescemos, mas não modificamos, a nação ainda vai de mal a pior, o mundo esta sendo destruído, povos se matando, corrupção tomando conta das igrejas, pois na política já se tornou um pré-requisito. Em meio a isso crescemos e divulgamos a mensagem dada por Deus a todos os homens.

A nossa pregação ainda é coerente com a pregação dos apóstolos, pois pregamos que Cristo é o único meio de reconciliação com Deus, e que todo o homem necessita de um reencontro para saciar seu vazio existencial. Apesar de muitos que levam o mesmo nome terem banalizado ou vendido a mensagem bíblica, ainda restam outros bem intencionados e com o coração desejoso de fazer a vontade de Deus.
Mas ainda fica a pergunta: Por que temos poder de expressão e não poder de modificação?

Faz mais de dois mil anos que o cristianismo é vivenciado e anunciado entre os povos. São dois mil anos de perseguição política, religiosa, étnica. Somos no mínimo taxados de ridículos, quando não açoitados, presos, espancados. Em meio a tanto caos essa mensagem não foi apagada, pelo contrário, cresce e assume posições importantes no mundo. Mas apesar de tudo isso não conseguimos modificar nem a nossa própria igreja, quanto mais a nossa nação.

Em Lucas 24. 13-35 temos a história dos discípulos que estão saindo de Jerusalém e indo a um vilarejo próximo. Cristo estava morto, já era o terceiro dia, ele não havia ressuscitado, todos os seguidores de Cristo corriam risco de morte, e Jerusalém não era o lugar mais seguro naquela altura do campeonato. Se continuarmos observando o texto, veremos que mesmo desanimados e com essa situação de morte, após o encontro com Cristo no caminho de Emaús, os discípulos voltam imediatamente para Jerusalém, mesmo sabendo que poderiam morrer.

Anos se passaram após esse evento, entretanto ainda seguimos um Deus que não ressuscitou dentre os mortos, pois vivemos como se ele não existisse, pregamos que ele vai voltar, mas a nossa vida evidência o contrário. Estamos mais preocupados em construir templos e poupar dinheiro do que investir em vidas e em trabalhos sociais. Preocupamo-nos em aplicar nosso dinheiro em coisas que vão ficar, e esquecemo-nos de não ficar ansiosos com o que haveremos de comer ou beber. Pregamos a todos que Cristo nos sustenta, mas vivemos tentando sustentar a nós mesmos.

Somos tímidos diante do mundo e suas dificuldades, pois a pesar de pregarmos um Cristo que ressuscitou, vivemos como se Ele ainda estivesse no madeiro. Estamos sentados na mesa com o Cristo ressurreto, mas os nossos olhos ainda continuam vendados.
Senhor mostra-nos o poder da tua ressurreição, e ensina-nos a viver uma vida real, como se realmente tivéssemos encontrado o Deus que venceu a morte.

Um comentário:

  1. Acreditamos que Jesus é um exemplo de pessoa, que foi um ótimo líder, que é o melhor para ser seguido. Mas nao acreditamos que ele ressucitou de verdade.
    Obrigado pelo texto calebe!

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