segunda-feira

Eu sou um Mendigo!


Mendigos a porta de um banco, real.
Estou vendo-os de dentro enquanto conto às ofertas que ganho das igrejas.
Eles contam comigo, do lado de fora do banco e eu conto com elas.
Eu paro e penso se realmente faz sentido, eu sei, não faz sentido.
Prossigo, pois é minha vez de fazer o depósito.

Vejo um retrato sociológico.
O banco é o investimento seguro daqueles que se sentem inseguros.
A rua é a insegurança daqueles que não têm mais onde se assegurar.
A marca real de poder.
A escória da sociedade.
Prosseguem, pois já não há depósitos a serem feitos.

Eles estão infelizes do lado de fora.
Eu estou infeliz do lado de dentro.
Diante dessa cena escondo meu cristianismo.
Eles já não escondem mais suas mendiguices.
Lembro-me que perante sua realeza não sou nada.
Lembro-me da minha miséria e do seu amor.
Isso dói, pois me lembra a maneira que devo agir.
Prosseguimos, pois não temos nada a depositar para ti.

Eles estão fora de si.
Eu estou longe de Ti.
Sem Ti estamos mortos na vida e vivos na morte.
Eles me vêem de fora, eu os vejo de dentro,
Mas o Senhor nos conhece por completo.
Eles mendigam a mim, eu mendigo a ti.
Prossigas, deposite em nós o amor que já se perdeu.

Um comentário:

  1. Calebe!
    Adoro esse seu blog...
    Que Deus continue te abençoando e te usando!!

    =*

    BiA

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