sexta-feira

“Disse-lhe Pedro: Ainda que seja necessário morrer contigo, de modo nenhum te negarei”

Mt. 26.35

Tempos atrás fui pregar em um acampamento em Nova Iguaçu – RJ. Juntamente comigo foi meu amigo Paulo Alves seminarista da FLAM, mas conhecido por Paulinho. Após o acamps, aproveitamos a passagem no Rio de Janeiro para visitar uma amiga nossa. E nessa visita tivemos uma experiência incrível e inesperada.

Como um bom paulista e um bom mineiro, eu e o Paulinho não poderíamos deixar de ir ao RJ sem visitar uma praia, por essa razão, após um final de semana intenso e cansativo, ainda reunimos energia para curtir uma praia. Todavia, fomos conhecer uma praia um pouco perigosa, dava pra se ver pelo nome, pois ela se chamava Praia do Diabo.

Sem excitar, entramos na praia afim de brincar nas ondas, e depois de um tempo comecei a perceber que a correnteza nos puxava em direção as pedras, e que se fossemos arrastados para lá, correríamos um sério risco de nos machucarmos gravemente. Entretanto, na hora de voltar para a areia, ficamos sem força para nadar e a correnteza começou a prevalecer sobre nós. Eu ia à frente e o Paulinho estava um pouco atrás de mim. Apesar de usar toda a minha força e técnica eu não conseguia sair do lugar, e eu estava bem junto às pedras, em um lugar altamente perigoso. As pessoas que estavam na areia acenavam desesperadamente para nós dois sairmos de lá, só que realmente estava muito difícil. Todavia, graças a Deus conseguimos sair são e salvos e também muito cansados.

O curioso é que quando eu estava nadando tentando escapar das pedras e indo contra a correnteza, eu ficava imaginando como deveria estar o Paulinho, imaginava que ele estivesse em uma situação pior (e realmente ele estava só que não quis assumir). E diante disso eu percebi que se por algum momento o meu amigo gritasse por socorro eu sinceramente não teria coragem de voltar e socorrê-lo, pois naquele momento eu não estava conseguindo nem mesmo me salvar.

Foi aí então que lembrei desse texto, e percebi que sou semelhante a Pedro, falo, falo e falo, mas na hora de se entregar fujo. Naquele mesmo momento me indaguei: “Será que realmente eu entregaria minha vida (literalmente) para Cristo e seu santo evangelho?

Sinceramente, eu continuaria nadando!

Senhor, dai-nos graça e entendimento para que possamos compreender que quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á, mas quem perder a vida por causa do seu filho salvá-la-á.

7 comentários:

  1. Reflexão fantástica, Calebe!

    Que Deus continue te abençoando muito e sempre!

    Abraços,

    Sabrina

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  2. ual...incrível Calebe.

    Apenas Jesus Cristo, nós dificilmente nos sacrificariamos assim.

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  3. “Será que realmente eu entregaria minha vida (literalmente) para Cristo e seu santo evangelho?

    as vezes penso nisso e percebo que, sinceramente, eu acho que não.
    isso é triste.

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  4. Amém!

    Hesitamos em viver a verdade de Cristo, mas estamos sempre prontos a fazer coisas impensadas para satisfazer a nossa carne. Louvado seja Deus que nos leva a reflexões como essa sua, Calebe, e nos faz crescer. =)

    Deus abençoe.
    BeiJu***

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  5. Maravilhoso Calebe, ainda mais sua sinceridade. Nos enganamos mesmo se pensamos que morrer por Cristo é fácil. E morrer em todos os sentidos, para as nossas vontades, nossos medos, deixar tudo, sem olhar para trás. É também não sei o que faria numa situação como a que relatou, por mais que saiba o que tenha que fazer se for preciso, por Cristo, também não sei como reagiria, se hesitaria por um momento, difícil, só vivendo. Que Deus nos prepare para isso a cada dia. Benção seu texto. Deus continue te abençoando e te usando a cada dia.

    Abraço

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  6. Calebe,simplemente otimo...existem circunstancias que revelam quem realmente somos, e do que somos capazes.
    Deus abençoe muitooo!!!

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