Ore, mas lembre-se de mover os pés!

Na primeira semana de aula da faculdade, tivemos um módulo sobre meio-ambiente. Eu já tinha ouvida falar bastante sobre o assunto, por causa do envolvimento com a Missão Integral, mas durante essa semana, parece que os meus olhos se abriram verdadeiramente para a gravidade da situação que estamos vivendo.

Graças a Deus, de todos os grandes países, o Brasil, possui uma relação não muito conflituosa com o seu ecossistema. Somos um dos poucos países em que 80% da energia elétrica provém de fontes renováveis. Nosso consumo per capita de energia não renovável é de aproximadamente 0,8 tep (toneladas equivalentes de petróleo) ao ano, se compararmos a países como Estados Unidos 8,6 tep; Alemanha 4,3 tep; Rússia 5,1 tep, veremos que nossa matriz energética pode ser considerada limpa.

Entretanto, temos pontos que podem ser melhorados em nossa nação, como é o caso do desmatamento irregular na floresta amazônica e as conseqüentes queimadas, ambos colocam em risco a biodiversidade desse ecossistema importantíssimo para o mundo. Sem falar nos apenas 7,3% de Mata Atlântica que resta em nosso pais, pois a exploração histórica do Pau-Brasil e o aumento populacional corroboraram para o desmatamento desse ecossistema, juntamente com sua fauna e flora.

Fatos corriqueiros, podem também prejudicar o nosso futuro. Em média, são produzidos 51.000.000 de carros mundialmente. Só nas ruas de São Paulo são colocados 600.000 carros por ano. Imaginem o tanto de poluentes que esse montante de veículos produzem, ou podem produzir em uma só região.

Minha tentativa em ser um pouco técnico em um primeiro momento, é para mostrar, ou tentar mostrar uma pequena superfície da realidade, e bem pequena, pois nem cito o derretimento de grandes calotas polares tanto no hemisfério sul como no norte, nem o aumento do nível de muitos rios, nem a seca de grandes lagos e nem mesmo falo das grandes tragédias naturais que ocorreram nas últimas décadas matando milhões de pessoas, deixando milhares de pessoas desalojadas e mudando a estrutura geográfica de vários países.

Diante desses fatos, nossa teologia tímida e controversa, nos manda orar, pedir pra Deus derramar sua misericórdia sobre a nossa humanidade. Nossos pregadores dizem pra permanecermos firmes, pois são sinais dos últimos dias, e esses eventos precedem à volta de nosso Senhor. Acredito que quando agimos assim, estamos falando pra Deus: “Senhor, eu destruí o mundo com minhas ambições e cobiças, mas eu sei que o Senhor vai dar um jeitinho né?”.

Confesso, que durante as aulas, recebendo esse bombardeio de notícias negativas, tive medo, senti-me mal, por ser um colaborador disso tudo. Por um instante fechei meus olhos e decidi orar. Antes de desabafar com Deus, lembrei de uma velha frase que diz: “Ore como se tudo dependesse de Deus e trabalhe como se tudo dependesse de você!”

E essa foi a minha oração!