Existem pelo menos dois estilos de líder de jovem: aquele que trabalha
para a juventude e aquele que trabalha com a juventude. A princípio parece não
haver muita diferença, mas uma preposição muda tudo.
O líder que trabalha para a juventude está sempre buscando se afirmar
como líder, dando pouco espaço para os outros brilharem e constantemente com
medo de perder seu cargo de liderança, sente um forte medo de se tornar
desnecessário.
O líder que trabalha com a juventude caminha pelos bastidores abrindo
espaço para que outros brilhem e desenvolvam seus talentos e dons, sem medo de
se tornar um líder desnecessário, ou substituível, na realidade esse é um dos seus
objetivos.
Um líder que trabalha para a juventude centraliza tudo ao seu redor e
está constantemente preocupado com o resultado final, ou aquilo que poderá ser
posto em relatório ou contabilizado em uma planilha.
Um líder que trabalha com a juventude delega as funções, tarefas e
também as congratulações, focando não apenas no resultado final, mas também no
processo, visualizando os resultados que não podem ser contabilizados.
Trabalhar para a juventude é estar proximamente ao lado de fora da
galera, é preparar tudo o que precisa ser preparado sem saber se era isso que
de fato eles queriam, preocupando-se minimamente com os detalhes sem olhar para
o essêncial.
Trabalhar com a juventude é estar mais do lado de dentro que de fora,
buscando esclarecer o desejo da junventude para construir uma programação em
conjunto onde que todos tornam-se participantes e protagonistas.
Conversando com muitos outros líderes de grande experiência na área,
pude perceber que um ministério de jovens eficiente, tem pouco haver com números
e grandes programações, mas sim com estar junto. Não que as grandes
programações ou os números sejam negativos, pelo contrário, é legal ter um
ministério com programações dinâmicas e modernas, que falam a linguagem do
jovem e também um grupo com bastante gente, isso tudo é bom, mas não é o essêncial,
o foco principal ou o objetivo final.
Jovens engajados no reino e apaixonados por Jesus, que buscam cada vez
mais conhecê-lo e serví-lo, dedicando-se ao seu reino e a sua vontade, esse sim
deve ser o objetivo daqueles que se dedicam a estar a frente da moçada. Esse
desafio se conquista em conjunto, não é uma imposição da liderança sobre o
liderado, mas sim uma experiência de dentro pra fora. Por essa razão, penso que
o caminho é muito mais pela via do “com” do que “para” do buscar ser um líder
que esta trabalhando com a juventude
e não apenas para a juventude.
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