“E disse Deus ainda: Eis que vos tenho dado
todas as ervas que dão semente e se acham na superfície de toda a terra e todas
as árvores em que há fruto que dê semente; isso vos será para mantimento.” Gênesis
1.29
No
jardim, o sustento da humanidade era providenciado diretamente por Deus através de sua criação harmônica. O homem, como mordomo do jardim do Senhor,
deveria administrar os recursos nele contidos para a manutenção e beleza do
jardim e também para o sustento de toda a vida.
Toda
a alimentação providenciada no jardim seria auto sustentável, pois dependeria
do próprio ciclo da vida do jardim, o ciclo da plantação e colheita. Deus
concede ao homem uma alimentação que além de saudável não implicaria em morte
de nenhum animal.
Partindo
desse texto, pode-se perceber, que possivelmente, na dieta humana a carne não era uma opção. Ela só será autorizada por Deus como alimento, no capítulo nove de
Gênesis, ainda sim com uma restrição: que não se comesse carne
com sangue, pois a vida está contida no sangue.
A
alimentação do jardim contemplava a vida e não a morte. A dieta de
legumes, verduras, frutas e cereais, em si, já beneficiam a saúde humana, mas
sobretudo, não concedia espaço para a execução de um ser vivo, o que implicava em
uma valoração à vida e ao privilégio de existir.
A
lógica promovida pelo jardim é que o fruto do trabalho (a manutenção do jardim)
deveria preservar a vida e a existência dos seres vivos. Logo, o objetivo
do trabalho do homem era a manutenção da vida em um ambiente harmônico, onde essa manutenção providenciaria o sustento necessário para o crescimento da vida. Assim não haveria necessidade
de dar cabo à existência de um ser vivo.
Em
um planeta como esse, não há desperdício de alimento e também não falta alimento para ninguém, pois mais importante que trabalhar para produzir é o
trabalhar para preservar a existência, preservar a vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário