sexta-feira

Ícones Acessíveis


O grande medo do ser humano é ficar sozinho. Qualquer pessoa normal sabe que não se pode e nem é bom viver uma vida solitária longe de todos e de tudo. Não descarto que o “ficar sozinho” é algo importante para todo o ser humano, mas isso são momentos e não podem passar de momentos.
Para o adolescente ficar fora de um grupo, ou não fazer parte de um grupo de amigos seja na escola, bairro, parques, é um sinal de exclusão, um sinal que mostra que ele está sozinho, e ficar sozinho não é nem um pouco “dahora”.

Hoje mais do que nunca existem vários grupos de adolescentes, ou seja, varias tribos. Cada qual com os seus próprios estilos e gostos, atendendo assim a diversidade dos gostos dos adolescentes. Apesar da existência de varias tribos, o adolescente acaba tendo que sacrificar um pouco do que realmente ele é só para conseguir entrar e não ficar de fora da parada.
É com grande freqüência que vemos nos noticiários a quantidade de jovens envolvidos com o uso de drogas, com a violência e vandalismo. Podemos tomar tudo isso como a falta do reconhecimento, a falta de se sentir reconhecido, ou seja, um meio de chamar a atenção, mirar os holofotes neles. Um dos problemas mais recentes envolvendo jovens e adolescentes é o trafico de drogas em baladas e festas de jovens, e o mais assustador é que são eles mesmos quem traficam a troca, e a grande maioria pertence à classe média alta, são os famosos “play boys”. Através desse índice podemos ver que não se trata de um problema financeiro, mas sim um problema de falta de atenção.

Outra análise interessante é realizada através da Internet, a busca por sites de relacionamento é algo assustador. Temos aqui no Brasil uma grande rede de relacionamento que é o Orkut. Nele adolescentes, jovens e adultos encontram amigos e fazem novos amigos virtuais. Outra ferramenta da Internet na grande procura por ser conhecido e fazer parte de um grupo são os famosos Flogs, Blogs e Fotolog. Através desses programas é possível conhecer novas pessoas e suas personalidades, conversar e conhecer sobre a vida do outro e outras coisas mais.

Em uma entrevista para a revista Veja, Fernanda Bruna, professora de Pós-Graduação em Comunicação na Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, diz que:

“Os adolescentes querem ídolos acessíveis. Que conversem com eles, sejam parecidos.”

Talvez essa seja uma explicação para a pergunta: Por que essa busca em massa nos sites de relacionamentos? E o que eles tanto buscam?Ícones acessíveis, é disso que a juventude precisa, é assim que podemos reverter esse quadro de geração perdida e rebelde. Se nos tornarmos exemplos para eles e deixarmos que eles tenham acesso ao nosso dia-a-dia para ver que são parecidos conosco e que queremos que façam parte do nosso circulo diário, assim teremos uma grande chance de influenciar esses adolescentes que muitas vezes perdidos estão apenas em busca de alguns “Ícones Acessíveis”.

[1] Revista Veja, 31 de janeiro de 2007, edição 1993 – ano 40 – n.04 Editora: Abril

Um comentário:

  1. concordo com que a matéria, eu particulament nunca fui quer ser como qualquer pessoa,acho que as pessoas tem que gostar de mim pelo o que sou, nÃO DE ENTRA PARA TURMA, mas muitos jovens sofrem rejeição, algo que fundo fazem nos torna rebeldes, querndo conseguir chamar atenção para si de forma errada.

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