Jesus continua seus ensinamentos a respeito da conduta do discípulo e da vida dele em meio à sociedade. Já sabemos que os discípulos devem ser mansos, sensíveis, pacificadores, humildes, enfim, devem ter uma vida que reluz a do mestre.
O que se espera é que vivendo assim eles colham o que estão plantando, pois o próprio mestre diz: “Façam aos outros o que você quer que façam pra você”. Mas nem sempre o discípulo de Cristo irá colher aquilo que plantou, pois percebemos que o estilo de vida proposto por Cristo conduz a perseguição e ao desconforto de trilhar sempre o caminho mais difícil. O discípulo deve não apenas amar, mas amar aquele que lhe persegue. Ele deve não apenas orar, mas orar por aqueles que lhe roubam a paz. Ele deve não apenas deixar que levem sua capa, como também a túnica e tudo que quiserem levar. O desafio do discípulo é se aventurar na abnegação, sabendo que mesmo que faça o bem ele receberá o mal, mesmo que busque a paz, ele será perseguido.
De fato é certo que plantamos o que colhemos, mas nem sempre é assim, principalmente para o discípulo de Cristo. Não importa o que faça de bom, ele será perseguido, parece até que a marca genuína de um discípulo é ser perseguido. Isso faz sentido se entendermos que ser como mestre foi é decidir andar no contra fluxo e se vivermos dessa maneira seremos perseguidos. Por isso não há espaço para reclamações do tipo: “Deus, só fiz o bem e colho o mal!”; “Deus por que isso acontece comigo, estão me perseguindo?” ou “Deus eu não mereço esse sofrimento!”. Jesus diz que o Pai é bondoso com os ingratos e maus assim como é bondoso com os justos e bons. Devemos ser como Ele é, pois esse é o imperativo.
O discípulo planta paz e colhe perseguição, planta mansidão e colhe agressividade, planta humildade e colhe desprezo, enfim, colhe o que não planta, mesmo plantando o que se deve plantar. Todavia persevera, pois sabe que a colheita não é terrena, sabe que Deus a tudo vê e tudo sabe. Segue firme nos caminhos trilhados pelo mestre Jesus Cristo, homem que não deixou de plantar bondade, mesmo em face da perseguição e morte.
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