quinta-feira


“Vós, na verdade intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem, para fazer, como vedes agora, que se conserve muita gente em vida”
Gn. 50.20

Não subestime os pequenos começos, assim nos ensina a história do menino que virou escravo, o escravo que virou prisioneiro, o prisioneiro que se tornou governador, o governador que construiu um império.

Eis a história de José, o menino caçula da família que foi visitado por Deus e teve sonhos de grandeza. Sonhos onde seus irmãos se prostrariam diante da sua grandeza, tal grandeza do sonho é espelhada na dificuldade da vida. Foi assim com a vida de José que de sonhador, viu-se escravo em uma terra distante. Ele estava longe do seu clã, longe de seu pai que o cuidava como o filho predileto, estava longe do embrião daquilo que se chamaria povo de Deus.

José tinha tudo para desistir, reclamar e até não crer no Deus que lhe deu os sonhos, todavia, ele não ousa em nenhum instante “pecar contra o seu Deus”. Diante da incorruptibilidade do seu caráter em um contexto de corrupção, a escolha por agradar a Deus, faz com que ele seja (dês) promovido para prisioneiro. Eis mais uma etapa da vida do menino que virou escravo, do escravo que virou prisioneiro.

Na prisão, manteve-se sensato, com os olhos em Deus e Deus lhe presenteou com um dom de interpretar sonhos. Mesmo que os outros que foram ajudados por ele não lhe mantiveram a palavra, ele ainda manteve a confiança em Deus, sabendo que é Ele quem governa a história. Sabia que no momento certo Deus iria cumprir o que tinha plantado em seu coração. Ele não subestimou, nem por um instante os pequenos começos, por mais humilhantes e injustos que podiam ser. José, nos ensina o que é vocação: “Fazer bem feito tudo o que lhe vier as mãos para fazer”.

Diante de Faraó, ele não tremeu. Confiou no Senhor e utilizou do dom que havia recebido da parte de Deus. Não se corrompeu diante da promoção dada por Faraó, tornou-se o homem mais importante depois do próprio rei. Tinha poder para fazer o que bem entender, mesmo assim, abriu mão de toda ganância para cuidar do povo que iria sofrer com o flagelo da fome e escassez de alimento. Salvou muita gente e criou um império.

O Egito, ao acumular alimento suficiente para alimentar os povos vizinhos, conseguiu criar uma grande fonte de renda por longos anos, além de enriquecer, agregou povos a sua volta que foram afetados pela fome. Muitos saíram de suas terras para se abrigar no Egito e seu entorno, como não tinham como pagar, venderam-se como escravos, além de riqueza a estratégia de José rendeu ao Egito mão de obra para os anos futuros. Estabeleceu-se, a partir de José, uma das maiores nações do mundo antigo e o cenário da maior manifestação de Deus no Antigo Testamento. Ele não subestimou os pequenos começos, não subestimou a cisterna, a casa de Potifar, a prisão do Egito e nem o Palácio de Faraó, em toda a situação serviu a Deus com alegria e boa vontade.

José do Egito nos faz lembrar o homem que mesmo sendo Deus, não se apegou ao fato de ser Deus, antes deixou sua glória tornando-se homem, sendo homem serviu, ao serviu se entregou para a morte, morte de cruz e por não subestimar os pequenos começos o Pai lhe exaltou sobre todos os nomes quer no céu, na terra ou debaixo da terra.

José, o menino que virou escravo, o escravo que virou prisioneiro, o prisioneiro que virou governador, o governador que construiu um império.

Cristo, o Deus que ser fez homem, o homem que se fez servo, o servo que se deu por sacrifício, o sacrifício que como “vedes agora, conservou muita gente em vida”.


Um comentário:

  1. É isso aí, mano! Boa reflexão!
    Deus abençoe, macaco!
    Abração.

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