segunda-feira

“Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isto lhe dou. Em nome de Jesus, o Nazareno, ande.” Atos 3.6


Todos os dias, na entrada do templo, um aleijado de nascença vivia a mendigar esmolas aos que ao templo iam prestar culto. Ele nasceu assim e por longos anos permanecia a porta do templo, desejando ganhar moedas para sobreviver. Ele vivia a margem do Templo.

Passavam por ali constantemente, fiéis, judaizantes, sacerdotes e outros religiosos. Diariamente, cruzavam o seu caminho e o viam mendigar, mas ninguém lhe prestava socorro. A religião judaica, representada pelo templo, estava de portas fechadas para aquele que todos os dias se colocava diante das portas.

Mas passava por ali um movimento clandestino, de poucas pessoas e pessoas que também sabiam o que era viver a margem. Esses fiéis eram diferentes, eles se reuniam no templo, mas não eram do templo e de seu sistema religioso.

O aleijado, pede uma esmola para dois homens desse movimento, a saber, Pedro e João. Pedro já tinha visto cenas como essa, ele andou com o Cristo e sabia do poder que havia no nome do Cristo. O aleijado pediu dinheiro, mas Pedro lhe deu cura, dignidade, saúde e alegria.

Interessante é que o aleijado não pedia cura, ele já se conformava com a sua situação, por isso pedia esmolas, dinheiro. O templo tinha dinheiro, riquezas, ouro e prata, mas optou por não ajudar, optou por manter aquele homem marginalizado. Os discípulos do Cristo não tinham dinheiro, ouro e nem um local para a adoração, mas tinham poder, o poder do Cristo e o que tinham partilharam com aquele homem. Naquele dia ele subiu as escadas do templo carregado em uma maca, mas após o encontro com o poder do Cristo, desceu as escadas andando e glorificando a Deus.

O Cristianismo é subversivo, ele não pode se acomodar com pessoas que sentam todos os dias na porta do templo clamando por salvação e encontrando portas fechadas, quem faz isso é a religião morta dos fariseus.

O Cristianismo tem sempre por discurso: “Não tenho ouro nem prata, mas tenho o poder do Cristo para salvar, curar e libertar cativos”.

Já a religião morta dos que usurpam a fé tem sempre por discurso: “Temos ouro e prata, mas pouco do poder do Cristo para salvar e libertar”.

Os que são curados e tocados pelos discípulos do Cristo, quando o são, louvam e glorificam a Deus. Os que são curados pelo discurso de charlatões e profissionais da fé, quando o são, tornam-se troféus para a glória e promoção do líder que os curou.

Queremos mais Cristianismo e menos religião, mais libertação e menos cativos, mais subversão e menos comodismo, mais poder do Cristo e menos prata e ouro, mais igrejas com as portas abertas do que templos com as portas fechadas, mais gente dentro da casa de Deus e menos gente a margem da casa do Pai.

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