Quisera a flor durasse pra sempre
E o perdão não fosse ausente
Tendo sempre amor presente
E eu de tão reticente
Tornei-me moço valente
Com a faca por entre os dentes
Passei por toda essa gente
Brasil que me deu por quinhão
E o que, que se fez dessa terra
Tornaram-na toda em sertão
Roguei ao dono do mundo
Que desse daquela semente
Que mata a fome da gente
Morre trigo, nasce pão
E o povo que a seca consome
Se perde no grito do "homi"
Que leva em seu braço forte
O menino que morreu de fome
Ah, quisera a flor durasse pra sempre
Tornaria eu homem contente
Por ver que na vida da gente
A dor se tornou reticente
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